A rotina dos moradores de Santa Maria Eterna, distrito de Belmonte, tem sido marcada por uma poeira sufocante e problemas de saúde causados por um desvio improvisado após a interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, em Itapebi. Caminhões e carretas passam dia e noite pelo trecho de sete quilômetros, levantando nuvens de pó que invadem casas, comércios e escolas.
No centro dessa batalha, está o prefeito de Belmonte, Iêdo Elias (PSD), que não se calou diante do problema. Indignado com a omissão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o gestor foi até Salvador cobrar soluções definitivas. Sua proposta é simples e eficaz: pavimentar o desvio, evitando que o povo sofra com a alternância entre lama no período de chuva e poeira insuportável nos dias secos.
O que o Dnit ofereceu em contrapartida? Apenas um carro-pipa, medida paliativa que não resolve o drama. Elias classificou a postura como desrespeitosa, destacando que postos de saúde estão lotados com moradores que apresentam problemas respiratórios.
A situação se agrava pelo fato de a estrada ter sido criada pela empresa Veracel, que a utiliza para escoar sua produção de eucalipto e celulose. No entanto, quando o trajeto passou a ser desvio oficial, a comunidade ficou com os ônus e nenhum benefício.
“Quando é para atender aos interesses das empresas, as obras aparecem. Mas quando é o povo quem precisa, o Dnit se esconde atrás de estudos e prazos intermináveis”, disparou o prefeito.
Iêdo Elias tem mostrado firmeza e coragem, colocando o bem-estar da população acima de discursos burocráticos. Sua atuação revela compromisso com a cidade, ao contrário da indiferença do Dnit e da Veracel, que se beneficiam do trajeto mas não assumem responsabilidades.
Enquanto a poeira sufoca, Belmonte tem no prefeito uma voz ativa e persistente, que insiste em cobrar dignidade para quem mais precisa.
